Wednesday, October 30, 2019

Primeiro Passo


Cordel caso de R.O - Primeiro Passo
Vou começar a lhe contar a história
De uma cidade do Distrito Federal
Conhecida por tudo e por todos
Pela distância que tem do Planalto Central

Apesar de pequena e de poucos habitantes
É gande produtora de frutos como morango e goiaba
Mas não só isso tem de favorável
Abastece 80% do Estado todo com sua água

Pela falta de investimento ou esquecimento
A população que ali vive enfrenta problemas diários
E no final de 2018 foi surpreendida
Com a retirada de linhas de ônibus e mudanças de horários
Tudo feito sem consulta pública a quem usufrui do serviço
Com promessa de melhora no transporte e menor tempo de espera
Essa ação que a princípio tinha como objetivo a melhora
Depois que colocada em prática era nítido que ela não acontecera.

Não demorou muito para a população tomar voz
Se reuniram e manifestaram como nunca
Tomaram frente da situação, propondo a volta do que era antes
E tendo como lema: "Aqui não é bagunça!"

Os dias se passaram e a população ainda não estava satisfeita
E após muita conversa e reuniões marcadas
Com acordo entre o DF trans e a população
As linhas de ônibus e horários foram retomadas

Por fim, uma comissão de representantes da comunidade foi criada
Para mediar relações entre DF trans e a comunidade de Brazlândia
Buscando melhorias e formas de contato direto
E de comos as partes envolvidas se relacionam

Com essa historia apresentada
Trago aqui, meus amigos um exemplo de ação coletiva 

Mostrando que uma sociedade se constrói junta
Onde uma cidade inteira tomou voz diante de algo que não os beneficiaria

Me despeço feliz e contente por trazer essa história
E trazendo uma mensagem para você deixar guardada
Lembrar que grupos coletivos existem para o melhor do bem de uma sociedade
E que essa não esteja acomodada.

Creche da Dalva


Creche da Dalva


Falando de Lindalva,
Cuidar sempre foi o seu ponto forte 
a formação em enfermagem 
lhe direcionou o norte,
em busca de realizar seu sonho
Dalva nunca pode contar muito com a sorte.


Sem saber por onde começar
Foi ai que decidiu...
Pro sonho acontecer 
os portões de sua casa abriu,
afim de ajudar mães 
a ideia da creche surgiu.


De início cuidando de sete crianças
a vizinha veio lhe comunicar,
que uma multa ela iria tomar,
caso sua creche não conseguisse legalizar
sendo assim...
Dalva começou a se organizar


Em consenso com sua família
Sua casa numa creche iria se transformar
De malas prontas, pro Valparaíso ela e o marido iriam mudar
Suas filhas no cuidado com as crianças iriam ajudar
Em relação a estrutura da casa 
Outras providencias teria que tomar


No entanto para essa transformação
Os recursos financeiros lhes eram pouco
Foi aí que ela começou a acionar os outros
Novos colaboradores entraram na historia 
E começou a realização do que era sonho outrora 
Dessa maneira ninguém ficou de fora.


Mãos a obra
Para conseguir o dinheiro
Bazares eram montados o dia inteiro
Além da venda da galinhada
Que animava a garotada
No fim do dia, todo mundo dava risada 


Agora com o dinheiro em mãos
Comprou tinta, e chamou o chicão
O cara é muito bom, pinta  parede, 
E arruma o chão,
Ele é engraçado,
E um bom cidadão


Pois bem
Arruma daqui, arruma acolá 
Parede de rosa e verde vou pintar
Dizia Dalva 
Minha casa numa creche vou transformar
E meu sonho de cuidar vou realizar


O dinheiro não fora suficiente, faltam os detalhes 
Os brinquedos lhe foram doados
De outras creches, pois não seriam mais usados
Afinal que mal tem,
 Estão todos em perfeito estado
Quem não tem cão, caça com gato


Pois bem, com tudo pronto 
a noticia se espalhou
E sua creche, em creche comunitária se transformou,
O sonho se realizou, 
E as mães do Riacho fundo
Dalva ajudou.



UBER FAKE/SOLIDÁRIO



Em Fevereiro de 2016
Uma nova forma de transporte se fez
Uber evoluindo novamente
Só que agora não é pago por viagem
E sim contribuído com um valor mensalmente
Para deixar o morador mais próximo
Do que lhe mantém diariamente;

No começo eram 8 grupos de 5
Tentando resgatar juntos a ideia do pragmatismo
A ideia foi boa e se enalteceu
Um mês depois olha o que aconteceu
O 9º e o 10º  grupo se encheu
Finalizando com 13, e que sorte de quem escolheu;


Aqui em Brasília
O DF Trans pelo transporte é responsável
Mas por qualquer coisinha de errado
 Já fica logo incomunicável
Deveria fiscalizar o trabalho e o engajamento
Porque se não, olha a alteração dos ânimos no momento;

O horário dos ônibus eles não mudam
Mas a passagem cara, minha nossa, é uma loucura
O preço da gasolina está tão alto
Que se formos parar para pensar
A grana que iríamos colocar
Da até para esbanjar;

O Uber Fake ia de Sobradinho ao Plano
 Também até Taguatinga, Ceilândia, Octogonal e Cruzeiro
Sem esquecer das Asas Sul e Norte
Que é o público com mais dinheiro;

Tinha também condução de sobradinho e até a esplanada
Logo, foram interagindo e sabendo que lá
Existem inúmeras faixadas
A experiência nem sempre é boa
Mas vale a tentativa que fica
Depois apenas se aperfeiçoa;

É de extrema importância essa união
Dos moradores da mesma região
 Pois é ali que eles sobrevivem
Mas saem todos os dias
Tentando resolver problemas que vem
Mas sempre em busca do pão;

A saúde mental dos usuários já estava até defasada
Cada 20 minutinhos de sono a mais
Vale quase uma tonelada
Não é à toa toda a mobilização
Para enfrentar o transporte público
A junção é a própria reação;


Os vinte reais cobrados mensalmente
Era simbólico e suficiente
Mas um simbolismo consciente
Pois quem trabalha também deve se manter
E na maioria das vezes manter outras pessoas
Ou seja, mais gente;

Os motoristas se disponibilizavam
E deixavam seus carros a disposição
Ainda bem que tinha eles
Pois os moradores participantes achavam uma chateação
Ir para o ponto às 6h30 da manhã
E não conseguirem pegar a condução;

O Uber Fake
Também pode ser chamado de Uber Solidário
Ajudou muita gente
E o porta malas ainda servia de armário
Quanta honra dessa geração
Que já tinha pelo menos uma ocupação;

Uma pena que acabou
Que dor
Foi uma ação coletiva altamente eficaz
Acontecida com carinho e amor
Hoje em dia sem uso e esperança
Mas já planejada para uso do próximo senhor.


Monday, October 28, 2019

Guarda-roupa solidário


Os 50 anos em 5 foram cumpridos
E pessoa do Brasil todos resolveram ajudar
E assim Brasília foi construída
Trazendo a cultura de todos os lugares para o centro
Mas os arquitetos se perguntaram
Onde esse povo todo vai morar?

Em 87 José Aparecido decretou
Um Setor Habitacional para o povo morar
Seu nome? Lúcio Costa será
32 anos se passaram
Chega gente sai gente
E uma rede comunitária é formada

Vizinhos que se conhecem desde de sempre
Mesmo conhecendo só de vista
Mas com a tecnologia chegando
Contados foram trocados e um grupo formado
Juntando a força de vontade e o desejo de ajudar
Tornando o setor habitacional um lugar acolhedor

Com grupo formado medidas foram tomadas
Ações comunitárias se tornaram comuns
Ideias mais vontade de fazer é o que forma o grupo de moradores
Até que um resolveu inovar
E um guarda-roupa solidário formar
Porém não contavam com o que iriam enfrentar

Um senhor de idade fez a principal doação
E na passagem subterrânea a doação começou
Um guarda-roupa e um aviso foi colocado
“Quem tem dá, quem não tem leva. ”
Estimulando assim o ato de doar
E assim oferecendo ajuda ao próximo

Mas nem todos concordavam com a ideia
E assim atos horrendos aconteceram contra a ideia
Por pedras e fogo o guarda roupa passou
Mas a vontade de ajudar só aumentou
Um novo guarda-roupa o mesmo senhor montou
Mas com mais solidariedade contou

Cada um que passa ou deixa algo
Ou leva algo
Livro, roupa ou sapato
Quem precisa leva os objetos
Quem tem sobrando deixa para o próximo
E o ciclo solidário se mantem firme e forte

A alegria de esperar



Cordel – A alegria de esperar


A primeira chuva de agosto caia Enquanto executávamos a rotina de todo dia
No vai e vem
No vem e vai
Sem querer ela caí

Em meio ao medo e a dor
Queríamos nos livrar daquele terror
Na chegada do socorro
Sentíamos a esperança de se livrar daquele mal agouro

Sofridos 40 minutos
E o socorro com muito custo a nossa porta bate
Mas este era só o início desse combate

Chegando ao hospital da nossa cidade
O tão querido HRC
Esperamos o doutor então nos atender

Tanta gente pra pouco espaço
A sede do governo do nosso país abriga tanto descaso

Muita gente pra pouco “douto”
Em cada canto um geme de dor
A gente então ali sem saber o que fazer
O que nos resta é pedir para Deus nos atender

Os dias passam em uma longa espera
Ali ninguém merece ficar
Se sentindo sozinho
Com saudade do seu lar

Sem ver a luz do sol
Sentindo dor e calor
Cada minuto de espera aumentava o terror

E então, uma ideia surge
Trazer alegria pro peito de quem a dor
E a saudade rugem

Familiares e cuidadores
Tiveram uma ideia
Para tentar amenizar as dores

Jogos, brincadeiras e programas de televisão
Todo dia tínhamos uma programação
O entretenimento, é claro não reduzia a dor
Mas diminuía a espera e espalhava amor

Alguns nem programa de tv
Muito menos jogar
A única coisa que precisavam
Era de alguém para escutar

A cada ida para a tão esperada cirurgia
Sentíamos alegria
Uma despedida que não era despedida
Era a esperança, do retorno à nossas vidas

A cada encalço na nossa vida
Temos uma lição para tirar
Ajudando ao próximo
A nossa ajuda virá

E até hoje continua
A criatividade é quem perpetua
O que importa mesmo é ajudar
Pode ser um dedo de prosa
Não precisa ser caviar.

Sororidade


Sororidade


Diretamente do Centro Oeste
Na Universidade de Brasília se destacou
E a palavra sororidade viralizou

É a união entre mulheres
A empatia e o companheirismo
Que por muito tempo não se viu
Porém entre fraldas, cadernos e mamadeiras surgiu,
Do curso de psicologia Amanda e Kelly, mulheres fortes que disseram;

Vamos nos organizar
Para conseguir permanecer aqui e nos formar
Porque do jeito que está não dá para ficar
Criaremos a VOA, um projeto de valor, recrutaremos soros “irmãs”,
Amigas que cuidarão de nossas crias,
Enquanto na sala de aula as outras ficam

Uma ideia assim não tem como dá errado
E olha lá já somos mais de 54
Faremos de tudo para dá certo
Com os meninos bem cuidados

Construiremos um futuro
Bom e feliz e lá na frente
Os meninos vão dizer...
Tivemos mães guerreiras
Que juntas de mãos dadas
Lutaram por nós e conseguiram ser...
Mulheres fortes, profissionais, mães valentes que dá orgulho de se vê.

Nayara Pazzi da Rocha 28/10/2019 ás 18:46

OS MENINOS QUE COM A BOLA SONHAVA

Os Meninos Que Com a Bola Sonhava

Quando olho pros lados
Vejo meus meninos tudo abandonado
Sem ter o que fazer
Sendo todos mal direcionados
Ninguém faz nada
Isso que tem que ser mudado


Reúne-se um grupo de amigos
Pensando no bem dessa geração
Saindo de uma realidade triste
Transformando tudo em boa ação
Esquecendo do mal que circula
Afastando os meninos do Cramunhão


Pensado uma atividade
Que envolvesse os menino
Surgiu o futebol
Que deixa todo mundo amigo
Esporte que todos podem praticar
Onde os meninos são ocupados


Junto com a família 
Essa garotada participava
Só quem tirava nota boa
Era quem jogava
Mas também não era bagunçado
Só ia quem na escola passava


Três vezes na semana
Era quando aconteciam as atividades
Os outros dois dias
Sobravam pras atividades escolares
E no sábado de vez em quando
Todos decidiam nos desempates


Com ajuda do comércio local
Surgiram diferentes oportunidades
Adquiriram equipamentos e bola
Era só felicidade
Rifas também ajudavam
Era o apoio da comunidade


Para participar das atividades
Ninguém era obrigado
Nem quem jogava
Muito menos os voluntários
Isso era fato
Já que ninguém recebia salário


A melhoria foi notada
Os meninos só na bola focavam
E o resto nem se pensava
Na escola melhoraram
Mas de jeito nenhum
Em besteira pensaram


Dentro do projeto
Nenhum menino se envolveu
Com coisa errada,
Junto a eles isso não aconteceu
Quando eram meninos,
Ninguém pode falar quando cresceu


O fim do futebol apareceu
O dinheiro que antes tinha sumiu
Buscou-se em outros lugares
Mas nenhuma boa alma surgiu
Entregou para Administração a ideia
Logo tudo ruiu 


Tentaram privatizar
Era uma burocracia danada
Se era voluntário
Pra quê tanta empreitada?
Assim o projeto perdeu sua essência
E novamente os meninos ficaram sem nada.

Gabriel Filipe Almeida dos Santos